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Yusra Mardini, atleta olímpica que cruzou o mar aos 17 anos para escapar da Síria devastada pela guerra

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Yusra Mardini, atleta olímpica que cruzou o mar aos 17 anos para escapar da Síria devastada pela guerra

Yusra Mardini tinha 16 anos quando escapou de uma guerra civil em sua casa na Síria.

Nova Delhi:

Os Jogos Olímpicos, considerados o auge da competição esportiva, começaram em grande estilo em Paris hoje. Os Jogos também homenageiam atletas refugiados que superaram obstáculos incríveis para perseguir seus sonhos. Uma dessas atletas é Yusra Mardini, uma refugiada síria que fugiu de seu país devastado pela guerra quando adolescente e competiu nos Jogos Olímpicos de 2016 e 2020.

Yusra tinha 16 anos quando escapou de uma guerra civil em sua casa na Síria em agosto de 2015.

Acompanhada pela irmã, a jornada foi exaustiva. Elas viajaram de avião da Síria para o Líbano, depois para a Turquia, antes de embarcar em um barco com destino à Grécia.

A curta viagem de 10 quilômetros deveria levar apenas 45 minutos, mas o navio, já em mau estado e superlotado com 20 pessoas, começou a falhar após apenas 20 minutos. Yusra, sua irmã e outras duas pessoas foram forçadas a abandonar o navio e empurrar o barco em direção à costa, um esforço desesperado que levou mais de três horas.

“O tempo todo, era possível ouvir todas as nossas orações em uma só voz”, contou o embaixador da equipe olímpica de refugiados em uma entrevista.

Sua jornada até seu destino final, a Alemanha, continuou a pé, em ônibus e até mesmo com a ajuda de contrabandistas. Menos de um ano depois, Mardini competiu como parte da primeira Equipe Olímpica de Refugiados do COI no Rio 2016.

Embora sua performance na bateria de 100m borboleta a tenha colocado entre as classificações mais baixas, seu triunfo transcendeu o pódio de medalhas. Em suas palavras, ela carregou não apenas a bandeira olímpica, mas as esperanças e sonhos de uma comunidade global.

A jornada de Yusra vai além da piscina, pois ela defende os direitos dos refugiados e foi nomeada a mais jovem Embaixadora da Boa Vontade dos Direitos Humanos da ONU. Seu espírito indomável continua a inspirar, provando que o esporte pode ser uma ferramenta poderosa para esperança e resiliência.

O recente lançamento de seu filme biográfico “The Swimmers” consolidou ainda mais seu legado, enquanto sua inclusão na lista das 100 Pessoas Mais Influentes do Mundo da revista TIME em 2023 confirmou seu impacto na sociedade.

Enquanto 10 atletas participaram das Olimpíadas de 2016 como parte da equipe de refugiados, as Olimpíadas de Paris contarão com 37 atletas representando a bandeira.



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