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UE toma medidas contra a França e 5 nações por violação de regra orçamentária

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UE toma medidas contra a França e 5 nações por violação de regra orçamentária

A UE passou dois anos durante a suspensão para reformar as regras orçamentais. (Representacional)

Bruxelas:

França, Itália e outros cinco países da UE foram colocados em um procedimento formal na sexta-feira por violar as regras orçamentárias do bloco, uma medida que pode levar a penalidades sem precedentes, a menos que tomem medidas corretivas.

“Hoje, o Conselho adotou decisões que estabelecem a existência de déficits excessivos para Bélgica, França, Itália, Hungria, Malta, Polônia e Eslováquia”, disse o órgão que representa os 27 estados-membros.

Conhecido como “procedimento de déficit excessivo”, ele dá início a um processo que força um país a negociar um plano com Bruxelas para colocar seus níveis de dívida ou déficit de volta nos trilhos.

Os sete países tiveram déficits — a diferença entre a receita e os gastos do governo — acima de três por cento do produto interno bruto, violando as regras fiscais do bloco.

O déficit da França atingiu 5,5% em 2023, mas parece que reduzi-lo seria difícil devido à incerteza política após os resultados de uma eleição antecipada vencida por uma coalizão de esquerda que exigiu gastos públicos muito maiores.

Os países da UE com as maiores taxas de déficit em relação ao PIB no ano passado foram Itália (7,4%), Hungria (6,7%), Romênia (6,6%) e Polônia (5,1%).

O conselho também disse que a Romênia “não tomou medidas efetivas” contra seu déficit excessivo, apesar de ter um procedimento aberto contra ela em 2020 e, portanto, seria mantida sob vigilância.

Como próximo passo, os países terão que enviar planos de médio prazo até setembro sobre como irão corrigir a violação.

Em novembro, a Comissão Europeia apresentará avaliações dos planos com detalhes sobre o caminho que eles devem seguir para retornar à saúde fiscal.

Esta é a primeira vez que Bruxelas repreende os estados da UE desde que o bloco suspendeu as regras após a pandemia do coronavírus de 2020 e a crise energética desencadeada pela guerra da Rússia na Ucrânia, enquanto os estados sustentavam empresas e famílias com dinheiro público.

A UE passou dois anos durante a suspensão para reformar as regras orçamentárias para dar maior margem de manobra para investimentos em áreas críticas como defesa.

Mas dois objetivos sagrados permanecem: a dívida de um estado não deve ultrapassar 60% da produção nacional, com um déficit público de no máximo três por cento.

Os países que não conseguirem remediar a situação podem, em teoria, ser punidos com multas de 0,1% do produto interno bruto (PIB) ao ano, até que sejam tomadas medidas para resolver a violação.

Na prática, porém, a comissão nunca chegou a aplicar multas, temendo que isso pudesse desencadear consequências políticas indesejadas e prejudicar a economia do estado.

(Com exceção do título, esta história não foi editada pela equipe da NDTV e é publicada a partir de um feed distribuído.)

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