Jerusalém:
O exército israelense anunciou na quinta-feira que o chefe militar do Hamas, Mohammed Deif, foi morto em um ataque realizado no mês passado na área de Khan Yunis, no sul de Gaza.
A confirmação militar de que Deif foi morto ocorreu um dia após o assassinato do chefe do Hamas, Ismail Haniyeh, em Teerã, anunciado pela Guarda Revolucionária Iraniana e pelo Hamas.
“O IDF (exército israelense) anuncia que em 13 de julho de 2024, caças do IDF atacaram a área de Khan Yunis e, após uma avaliação de inteligência, pode ser confirmado que Mohammed Deif foi eliminado no ataque”, disse um comunicado militar.
“Deif iniciou, planejou e executou o massacre de 7 de outubro”, disseram os militares sobre o ataque do Hamas ao sul de Israel, que resultou na morte de 1.197 pessoas, de acordo com uma contagem da AFP baseada em números oficiais israelenses.
Autoridades de saúde em Gaza, controlada pelo Hamas, disseram na época do ataque de 13 de julho que ele matou mais de 90 pessoas, mas o Hamas negou que Deif estivesse entre elas.
A suposta bomba de 2.000 libras (900 kg) ao redor da casa onde Deif teria se refugiado com um de seus delegados deixou uma cratera gigante.
Chefe das Brigadas Ezzedine al-Qassam, braço armado do Hamas, Deif estava entre os homens mais procurados por Israel há quase três décadas e na lista dos EUA de “terroristas internacionais” desde 2015.
Os militares disseram que Deif realizou vários ataques contra Israel ao longo dos anos.
Deif operou junto com Yahya Sinwar, o chefe do Hamas em Gaza, disseram os militares.
“Durante a guerra, ele comandou as atividades terroristas do Hamas na Faixa de Gaza, emitindo comandos e instruções aos membros seniores da ala militar do Hamas”, acrescentou.
Durante o ataque do Hamas, os militantes também capturaram 251 pessoas, 111 ainda estão mantidas em cativeiro em Gaza, incluindo 39 que, segundo os militares, estão mortas.
A campanha militar de retaliação de Israel desde então matou 39.480 pessoas, de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, controlada pelo Hamas, que não fornece detalhes sobre mortes de civis e militantes.
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