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Quase uma dúzia de presos mortos em fuga de prisão no Haiti

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Moradores da cidade central de Saint-Marc foram aconselhados pelas autoridades a permanecerem vigilantes em busca de fugitivos.

Uma fuga de uma prisão no centro do Haiti resultou na morte de pelo menos 11 presos, disseram as autoridades, o terceiro incidente desse tipo neste ano em meio a uma crise humanitária contínua alimentada pela violência de gangues.

A polícia disse que presos fugiram de uma prisão na cidade costeira de Saint-Marc, cerca de 88 km (55 milhas) ao norte da capital, Porto Príncipe, na sexta-feira.

Onze supostos fugitivos foram mortos em tiroteios com a polícia e um foi preso, de acordo com Michel Ange Louis Jeune, porta-voz da Polícia Nacional do Haiti, segundo a agência de notícias The Associated Press.

Ele não forneceu mais detalhes, incluindo quantos presos escaparam.

“A situação está sob controle, mas os resultados são catastróficos. Todos os dormitórios dos policiais foram queimados. Os arquivos foram queimados. Eles incendiaram tudo, exceto suas celas”, disse o promotor público Venson Francois, informou a agência de notícias Reuters.

François alertou que os moradores devem permanecer vigilantes e atentos aos fugitivos.

Enquanto isso, a prefeita de Saint-Marc, Myriam Fievre, disse que 12 prisioneiros foram mortos, de acordo com a Reuters.

Imagens de mídia social que não puderam ser verificadas imediatamente pareciam mostrar pessoas escalando muros e fumaça saindo de paredes forradas com arame farpado, uma forte explosão e fogo.

As prisões haitianas estão extremamente superlotadas e as detenções preventivas podem se estender por anos.

Walter Montas, um funcionário do governo local, disse que o incidente surgiu a partir de um protesto, já que os prisioneiros estavam sem comida e enfrentando más condições de saúde.

Em dezembro de 2014, quase três dúzias de 500 presos escaparam de uma prisão em Saint-Marc depois de serrar barras de aço, disseram as autoridades.

As condições nas prisões do Haiti são miseráveis, com muitas celas lotadas até quase o quádruplo de sua capacidade, segundo as Nações Unidas. A falta de necessidades básicas matou 109 presos até agora neste ano.

Autoridades prisionais também estavam em greve exigindo melhor tratamento, informou a mídia local.

Fugas de prisões nas duas maiores prisões do Haiti em março deste ano reduziram a população carcerária de quase 12.000 na época para 7.500 em junho, de acordo com dados da ONU.

O governo foi forçado a declarar estado de emergência em meio ao aumento da violência de gangues no país caribenho.

Um aumento nos ataques em Porto Príncipe acabou levando à renúncia do primeiro-ministro não eleito do Haiti, Ariel Henry, à criação de um conselho presidencial de transição e ao envio da polícia queniana como parte de uma missão apoiada pela ONU para reprimir a violência.

A polícia tem lutado para conter as gangues, já que a entrega de fundos, pessoal e equipamentos para a missão de segurança apoiada pela ONU, solicitada pela primeira vez em 2022, continua atrasada.

A agitação forçou cerca de 600.000 pessoas a fugir de suas casas para outros lugares no Haiti e cerca de cinco milhões de pessoas — cerca de metade da população — a passar fome severa.

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