As taxas máximas aplicáveis aos empréstimos ao consumo vão voltar a subir no próximo trimestre em todos os segmentos, por comparação aos três meses antecedentes, com exceção dos cartões de crédito e do descoberto, segundo a informação publicada esta quinta-feira pelo Banco de Portugal (BdP). A descida a registar, porém, é ligeira.
Em cada trimestre, o regulador determina e divulga as taxas máximas para os diferentes tipos de crédito aos consumidores – do cartão de crédito aos empréstimos automóvel e pessoal -, com base nas Taxas Anuais de Encargos Efetivas Globais (TAEG) médias praticadas no mercado pelas instituições de crédito nos três meses anteriores, acrescidas de um quarto desse valor.
Desde o início do ano, a trajetória destas TAEG tem sido ascendente, com os juros a superarem os valores de janeiro em todos os casos.
Começando pelos cartões e linhas de crédito, contas correntes bancárias e facilidades de descoberto, o regulador bancário antecipa uma descida para os últimos meses do ano, mas de apenas 0,1 pontos percentuais: passará a ser 19,1%. Para que se tenha uma ideia, entre janeiro e março, o limite fixado era de 18,6%.
Já nos contratos de crédito para aquisição de automóveis novos, o juro máximo subirá de 6,7% para 6,8%, no caso da locação financeira ou ALD, e de 11,3% para 11,4%, nos créditos com reserva de propriedade. Nos veículos usados, essa taxa passará dos 7,2% para os 7,8% na locação financeira ou ALD e avançará 0,2 pontos percentuais nas operações com reserva de propriedade, para 14,5%.
Finalmente, o segmento dos créditos pessoais que integram os contratos sem finalidade específica e o consolidado não verificarão alterações na TAEG máxima, mantendo-se nos 15,8%. O teto superior dos empréstimos para educação, saúde, energias renováveis e locação financeira de equipamentos, por sua vez, subirá para os 9,3%, mais 0,1 pontos percentuais face aos três meses antecedentes.