Cerca de 90% do acordo de cessar-fogo em Gaza está definido, mas há ainda questões críticas em que existem lacunas, incluindo o chamado corredor de Filadélfia ao longo da fronteira sul de Gaza com o Egito, afirmou o secretário de Estado norte-americanoAntony Blinken. Israel já indicou que não abandonará o corredor, enquanto o Hamas diz que o acordo só será possível se o fizer.
O gabinete de direitos humanos das Nações Unidas informou que as forças de segurança israelitas mataram uma ativista turco-norte-americana de 26 anos com uma bala na cabeça, durante uma “manifestação pacífica” em Beita contra a construção de mais colonatos judeus no norte da Cisjordânia.
O secretário de Estado norte-americano lamentou a morte “trágica” e “deplorável”. “Lamentamos esta perda trágica. Quando tivermos mais informações, iremos partilhá-las, disponibilizá-las e agiremos em conformidade”, declarou Blinken.
O Hamas reagiu dizendo que “as balas pecaminosas” desta morte são as mesmas que os Estados Unidos enviam a Israel e “usadas diariamente contra o povo palestiniano”. “Perante este crime horrível cometido contra uma cidadã norte-americana, perguntamo-nos: o Presidente Biden vai agir para responsabilizar os assassinos e levá-los a julgamento?”, questionou Izzat Al Rishq, membro do gabinete político do grupo.
O Presidente turco também condenou o sucedido. “Condeno a intervenção bárbara de Israel contra uma manifestação anti-ocupação na Cisjordânia e rezo pela misericórdia de Deus para a nossa cidadã Aysenur Ezgi Eygi, que perdeu a vida neste ataque”, escreveu Recep Erdogan na rede social X.
Mais notícias do dia:
⇒ Os ataques militares israelitas mataram pelo menos 27 palestinianos na Faixa de Gaza nas últimas 24 horas, enquanto as autoridades de saúde prosseguem a vacinação contra a poliomielite no enclave. Desde 1 de setembro, foram vacinadas cerca de 355 mil crianças, de acordo com a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina.
⇒ As tropas israelitas retiraram-se da cidade e do campo de refugiados de Jenin, no norte da Cisjordânia ocupada, após dez dias de incursão que fez pelo menos 21 mortos. O exército israelita ainda não esclareceu se a retirada marca o fim definitivo da “operação antiterrorista”.
⇒ O Tribunal Penal Internacional anunciou ter anulado o processo contra Ismail Haniyeh, o antigo líder político do Hamas morto no Irão a 31 de julho, num atentado atribuído a Israel. O gabinete do procurador, que em maio tinha solicitado mandados de captura para responsáveis israelitas e para o Hamas, retirou o pedido “devido à alteração das circunstâncias causada pela morte de Haniyeh”.
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