Uma mulher americana de ascendência turca, de 26 anos, que participou num protesto contra a expansão dos colonatos israelitas, foi morta hoje na cidade de Beita, perto de Nablus, na Cisjordânia ocupada. Segundo a mídia local, ela foi morta a tiros pelas forças israelenses, que afirmam ter atirado contra uma pessoa violenta que atirava pedras contra elas e as ameaçava, noticia a BBC britânica.
Secretário de Estado dos EUA Antony Blinken expressou seu pesar pela morte dela e que considerariam as possíveis consequências quando descobrissem o que exatamente aconteceu. Também porta-voz do Ministério das Relações Exteriores Mateus Miller disse que Washington ainda está coletando informações sobre as circunstâncias da morte.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros turco identificou a vítima como Aysenur Ezgi Eygique também tinha cidadania turca, e classificou a sua morte como um assassinato cometido por soldados da ocupação israelense. O prefeito de Beita e a agência de notícias palestina Wafa também afirmaram que o ativista foi morto por soldados israelenses.
Segundo o diretor do hospital de Nablus, para onde foi levada após o tiroteio, ela levou um tiro na cabeça.
Eygi era membro do Movimento de Solidariedade Internacional (ISM), uma organização pró-Palestina. Segundo a cofundadora do movimento, ela participava regularmente de manifestações semanais contra os assentamentos israelenses.
O prefeito de Beite disse à agência de notícias francesa AFP que o tiroteio aconteceu após as orações regulares de sexta-feira em protesto contra os assentamentos israelenses na área. Segundo suas informações, um soldado do exército israelense disparou contra os manifestantes que permaneciam no local dos protestos.
O exército israelita afirmou num comunicado que disparou contra o instigador das actividades violentas, que lhes atirava pedras e os ameaçava. As alegações de que mataram um cidadão estrangeiro estão sendo verificadas, acrescentaram.
Os assentamentos israelenses na Cisjordânia, onde vivem aproximadamente 490 mil pessoas, são ilegais sob o direito internacional e são um dos principais obstáculos à paz entre palestinos e israelenses, segundo as Nações Unidas.