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Os desafios da sustentabilidade e o papel de cada um

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A manhã do primeiro de dois dias do projeto “Visões de Futuro – Rumo à Sustentabilidade” começou com uma homenagem a Francisco Pinto Balsemão, representado pelo filho, Francisco Pedro Balsemão. Abria-se, assim, espaço para o primeiro debate sobre “Materiais (in)Sustentáveis”.

Hugo Silva (sustainability delivery manager da Nestlé), Anselmo Vilardebo (administrador delegado da SEDA), Nuno Aguiar (diretor técnico da APIP – Associação Portuguesa da Indústria de Plásticos) e José Maurício Costa (diretor de Sustentabilidade da MEO) assumiram o protagonismo. “O papel deve ser a escolha para fazer as embalagens, é uma matéria-prima cem por cento renovável, ainda que não seja solução para todo o tipo de embalagens. Há um caminho a fazer”, defendeu Anselmo Vilardebo. “A sustentabilidade é cada vez mais um fator de competitividade”, acrescentou Nuno Aguiar.

O segundo momento de discussão esteve focado nos desafios da habitação sustentável

Matilde Fieschi

No segundo painel do dia a discussão andou em torno do tema “Da Casa ao Lar: Habitação Sustentável”, com o foco em Maria João Franco (communication operations manager da IKEA), Samuel Dias (arquiteto da Samuel Dias Arquitectos), Gonçalo Rebelo de Almeida (consultor em turismo e hotelaria da Rebelo de Almeida Consulting), João Marcelino (presidente da Associação Passivhaus) e Isabel Guimarães (head of Sustainabilty da Credibom). “Uma casa sustentável é uma casa na qual somos conscientes”, comentou Maria João Franco, enquanto Gonçalo Rebelo de Almeida alertava para os gastos energéticos e de água, assim como para o desperdício alimentar, que se regista nos hotéis.

Protagonistas do terceiro debate do dia, centrado no futuro da água

Matilde Fieschi

O debate “Água: que futuro?”, terceiro do dia, foi protagonizado por Cristina Costa (comissão de embalagens e sustentabilidade da APIAM), Rodrigo Sengo (responsável da MSC – Pesca Sustentável), Vera Eiró (presidente da ERSAR) e Rui Soares (diretor clínico das Termas de Luso). “Portugal tem uma posição favorável na gestão dos recursos hídricos. Temos tido bons planos estratégicos, que nos têm ajudado a ter um rumo. Mas a gestão da nossa água começa na nossa casa”, comentou Vera Eiró.

“Parar para Pensar – Combustíveis para o Crescimento” foi o último painel do dia

Matilde Fieschi

“Parar para Pensar – Combustíveis para o Crescimento” foi o quarto e último painel do dia, que contou com a participação de Rui Romano (diretor de rede da Cepsa), Joana Appleton (head of investor relations & ESG na Floene), Carlos Lobo (professor e comentador político) e Miguel Morgado (professor universitário e ex-deputado).

Joana Appleton revelou que a literacia sobre gases renováveis chegará em breve às escolas, enquanto Rui Romano defendeu que “a mobilidade elétrica é fantástica, mas ainda não chegámos a esse tempo”. Carlos Lobo classificou como desafio “o crescimento sustentável” e deixou críticas: “Somos um país abençoado, temos posição geopolítica relevante e estamos afastados dos riscos que se conhecem. Mas qual é o objetivo do país?”. “Portugal perde oportunidades atrás de oportunidades. Temos desafios muito grandes pela frente”, comentou Miguel Morgado.

Para amanhã estão previstos dois painéis, que vão abordar assuntos como “Reciclagem, Bioresíduos e Economia Circular” e “Desperdício Alimentar”. Estão ainda previstos vários workshops.

Principais conclusões:

  • A sustentabilidade assume papel absolutamente decisivo nos dias de hoje e a mesma começa no comportamento de cada um, pelo que “há necessidade de mudar comportamentos”, defendeu Gonçalo Rebelo de Almeida
  • “Indústria [do plástico] procura inovar e encontrar novas soluções, e há propostas em curso”, revelou Nuno Aguiar
  • País precisa de avançar ao nível da recolha e da reciclagem
  • É preciso explicar aos consumidores porque é que alguns produtos sustentáveis são mais caros
  • “O que podemos fazer todos os dias para contribuir para um planeta melhor?” foi a questão deixada por José Maurício Costa
  • É importante proteger a água e ter a noção da sua importância
  • “Principal barreira no crescimento de Portugal é a burocracia”, opinou Carlos Lobo

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