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Do civismo à cidadania … ou à falta dela

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A manhã de hoje no Edifício Impresa ficou marcada pelo debate sobre “Reciclagem, Bioresíduos e Economia Circular”, que contou com a participação de Ana Carreto (diretora de Relações Externas Mercadona), Rosa Monforte (country general manager da European Recycling Platform), João Dias (administrador executivo da Tratolixo) e Guilherme Tavares (diretor corporativo de Certificação, Ambiente e Segurança do Grupo ETE).

“É preciso haver cidadania e civismo. Estou nisto há 30 anos. 30 anos! Pensem bem…”, rematou João Dias um comentário de Rosa Monforte, que lamentava o abandono de grandes eletrodomésticos na rua. “Há campanhas, as empresas ou recolhem ou vão buscar, mas muita gente continua a optar por abandonar na rua. Existe aí um mercado paralelo, de exploração dos metais, de valor económico apetecível… Isso é ilegal”, lembrou Rosa Monforte.

Já Ana Carreto abordou a questão do desperdício alimentar, revelando que a sua empresa ultrapassa o problema “através de doações”. “O excedente alimentar é doado a uma IPSS próxima diariamente. É sempre encaminhado para quem precisa”, afirmou, enquanto Guilherme Tavares destacou o trabalho que tem sido feito nos transportes em relação à emissão de CO2. “Não é um trabalho fácil, mas tem sido feito. E na empresa temos campanhas de sensibilização interna, criámos também uma academia e a sustentabilidade está presente. Trouxemos essa obrigação para nós”, afirmou.

Para a parte da tarde está reservado o último debate do evento. Será sobre “Desperdício Alimentar” e contará com a presença de Guilherme Gonçalves, gestor de projetos de I&D , MC/Continente, como key note speaker, e de Carlos Hipólito (country manager da Phenix).

O dia fica ainda marcado pela realização de vários workshops.

De referir que ontem houve espaço para quatro debates – “Materiais (in)Sustentáveis”; “Da Casa ao Lar: Habitação Sustentável”; “Água: Que Futuro?”; e “Parar para Pensar – Combustíveis para o Crescimento” – e para uma homenagem a Francisco Pinto Balsemão.

Principais conclusões

  • Tal como ontem, ficou claro que a sustentabilidade começa em cada um. “As atitudes devem estar presentes nos nossos atos todos os dias”, defendeu João Dias.
  • Preços reduzidos quando os alimentos estão a exceder os prazos de validade são boa medida para evitar o desperdício alimentar.
  • Há dificuldade ou inércia dos consumidores em entregar aparelhos elétricos ou eletrónicos nos locais adequados e Rosa Monforte reconheceu que “é preciso estar mais perto dos consumidores”. “Mas primeiro passo é dado por cada um de nós”, reforçou.
  • O investimento é essencial para se atingirem metas propostas até 2030.
  • São necessários mais aterros.
  • É fundamental continuar a apostar “na literacia junto das escolas”. “Temos esse projeto há 17 anos. Promovemos a literacia e recolhemos equipamentos nas escolas nacionais… Mas tudo começa com a mudança de comportamentos”, reforçou Rosa Monforte.

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