Já foi a maior ponte pedonal suspensa do mundo, mas apesar de ter perdido este título é uma das maiores atrações turísticas do território do Geopark Arouca. “Suspensa no céu, 175 metros acima do rio Paiva”, a ponte metálica prolonga-se por 516 metros de extensão, distância que levou ao batismo desta infraestrutura. Inaugurada em 2021, a ponte não foi afetada pelos fogos, mas as chamas lavraram em redor engolindo de fumo a Arouca 516, que estava já encerrada na sequencia da declaração de estado de alerta de incêndio rural.
Verificadas as condições de segurança, a ponte 516 Arouca reabiu ao público este sábado, dia 21 de setembro, mas com alguns condicionamentos. Assim, só é permitida a entrada pelo Pórtico de Alvarenga e nos horários já predefinidos para o efeito. A entrada “Areinho” estará temporariamente encerrada. A travessia é obrigatoriamente feita com ida e volta. O bilhete para esta experiência única custa €12 e deve ser adquirido através da página oficial da ponte 516 Arouca.
Passadiços do Paiva encerrados por tempo indeterminado
Ao contrário da ponte 516 Arouca, os fogos da última semana destruiram parcialmente os premiados Passadiços do Paiva. Nesta fase a Câmara Municipal de Arouca ainda avalia os estragos, mas terão ardido cerca de 2 km dos passadiços, com maior incidência na zona da praia fluvial do Areínho. Para já e por tempo indeterminado, os Passadiços do Paiva estão encerrados a visitas.
A autarquia referiu, entretanto, que o incêndio iniciado a 17 de setembro terá queimado 20% do território do concelho. “A área ardida não está ainda totalmente apurada, mas estima-se que ronde os 6.000 hectares, o que corresponde a 20% do concelho”, adiantou à agência Lusa a presidente da Câmara Municipal de Arouca, Margarida Belém.
Considerando que o concelho que também integra a Área Metropolitana do Porto e que está classificado como Geoparque da UNESCO ocupa uma área global na ordem dos 329 quilómetros quadrados, dos quais 85% estritamente de floresta, a porção de solos destruídos corresponde assim a 17% da mancha verde do território.
PAULO NOVAIS
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