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BLITZ 40 anos: “Deu cobertura à música de índole mais alternativa e fez história”, António Freitas

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No momento em que entramos em contagem decrescente para a grande festa dos 40 anos da BLITZ, na Meo Arena, em Lisboa, a 12 de dezembro – com concertos de Xutos & Pontapés, Capitão Fausto, Gisela João e MARO –pedimos a músicos, promotores, jornalistas, radialistas e outras personalidades que vão ao baú resgatar memórias de quatro décadas de história, deixando-nos, também, uma mensagem para o futuro.

“A minha [primeira] recordação é tão antiga que o BLITZ ainda era ‘o’ semanário musical, e foi o único a singrar no marasmo cultural português”, aponta o radialista António Freitas. “Lembro-me de percorrer a Avenida de Roma e de entrar nas papelarias à procura de revistas musicais, que eram de origem alemã ou francesa. Nessa altura tínhamos o suplemento do ‘Portugal Hoje, ’Som 80′, o ‘Top Música & Som’ distribuído pelo ‘Correio da Manhã’, o ‘Musicalíssimo’, o ‘Rock Week’, o ‘Sete’ e a ‘Música & Som’. O BLITZ deu cobertura à música de índole mais alternativa e fez história; ao contrário dos outros mencionados foi o único formato que sobreviveu”.

Freitas foi igualmente colaborador da BLITZ, tendo através desse trabalho “realizado o sonho de ter uma entrevista por semana com os autores internacionais de obras que estavam a ser publicadas na altura, no espectro do metal”. “Com a rubrica ‘Arame Farpado’ deu-se divulgação a muito talento subterrâneo nacional. Foi uma excelente aventura”, destaca. “O BLITZ foi, sem dúvida, uma referência grande e essencial no impulsionamento dos artistas alternativos nacionais, e obviamente que ajudou a desbravar outros tantos nomes da cena internacional”.

Para o futuro, António Freitas gostava de ver regressar o formato de jornal – “tal como o vinil, que fez um regresso fulminante”. “Fico feliz se continuarem a marcar a diferença pela sabedoria – vénia ao Miguel Francisco Cadete – e a estabelecer a cronologia dos factos, sobretudo da música nacional e internacional. Venham mais 40!”.

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