“Vou fazê-lo. Vou negociar, vou sair.” Desta vez, Donald Trump não poderia ter sido mais claro. O candidato presidencial republicano frisou, na terça-feira, que os Estados Unidos da América (EUA) têm de “sair” da guerra da Ucrânia, e ainda acusou a vice-presidente democrata Kamala Harris e o Presidente Joe Biden de não terem planos para concretizar essa saída.
Ao discursar na Geórgia, Trump apontou o dedo aos adversários: “Biden e Kamala colocaram-nos nesta guerra na Ucrânia, e agora não conseguem tirar-nos de lá. Não conseguem tirar-nos de lá.”
Apesar de não terem tropas na Ucrânia, os EUA têm prestado assistência militar e humanitária no valor de milhares de milhões de dólares à Ucrânia. Trump considera que o país está amarrado ao conflito. “Acho que estaremos presos nesta guerra, a não ser que eu seja Presidente. Vou fazê-lo. Vou negociar, vou sair. Temos de sair. Biden diz ‘não vamos sair até ganharmos’. O que acontecerá se ganharem?”
Donald Trump levantou dois conflitos históricos para sugerir que Moscovo não perderia. “O que acontece se eles ganharem? É isso que fazem, fazem guerras. Como alguém me disse no outro dia, venceram Hitler, venceram Napoleão. É isso que eles fazem. Eles lutam. E não é agradável.” A Rússia perdeu a guerra Russo-Otomana de 1710-1711, a guerra da Crimeia de 1853 contra o Reino Unido e a França, a Russo-Japonesa de 1904, a guerra polaca de 1920, a guerra do Afeganistão, a primeira guerra da Chechénia, entre 1994 e 1996. E muitos analistas consideram até que saiu derrotada da Guerra Fria.
