A presença da extrema-direita em governos austríacos não é novidade. Já aconteceu um par de vezes nos últimos 25 anos. O dado novo que poderá surgir no domingo é o Partido da Liberdade da Áustria (FPÖ) sair vencedor das eleições legislativas, pela primeira vez desde a II Guerra Mundial. As sondagens apontam este como o cenário mais provável. O FPÖ não teria, ainda assim, maioria absoluta, necessitando de um ou mais partidos para governar.
Liderado há três anos por Herbert Kickl, que foi ministro do Interior entre 2017 e 2019, o FPÖ pretende reduzir ao mínimo o apoio a migrantes em situação irregular e a requerentes de asilo, impedir o reagrupamento familiar de migrantes que já se encontram no país, e promover a ‘remigração’. Na política externa, opõe-se às sanções da União Europeia (UE) contra a Rússia e à concessão de mais ajuda à Ucrânia. As ligações ao Presidente russo são fortes: o FPÖ já assinou e renovou um acordo de cooperação com o partido de Vladimir Putin.
