A renda mediana dos novos contratos de arrendamento de habitação subiu 11,1% no segundo trimestre de 2024 em comparação com o mesmo período de 2023, alcançando 8,08 euros por metro quadrado. Segundo os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), esta subida representa uma aceleração em relação ao trimestre anterior, quando o crescimento foi de 10,7%.
De acordo com o gabinete estatístico, o crescimento das rendas foi generalizado em quase todas as sub-regiões do país. No entanto, a Região Autónoma dos Açores (-2,8%) e o Alto Alentejo (-0,3%) registaram quedas nas suas rendas medianas. Por outro lado, sub-regiões como o Alentejo Litoral (28,5%), a Região Autónoma da Madeira (27,6%) e o Alentejo Central (22,2%) destacaram-se com aumentos homólogos superiores a 20%.
A Grande Lisboa manteve-se como a região com as rendas mais altas, atingindo 12,99 euros por metro quadrado, seguida pela Região Autónoma da Madeira (10,26€/m2) e pela Península de Setúbal (10,07€/m2). Contudo, o aumento homólogo na Grande Lisboa (9,7%) foi inferior ao crescimento médio nacional de 11,1%.
Lisboa registou a maior renda mediana entre os municípios com mais de 100 mil habitantes, com 16€/m2. Contudo, a variação homóloga da capital foi de apenas 5,1%, muito abaixo da média nacional, refletindo uma desaceleração no aumento dos preços na cidade.
O Funchal destacou-se com o maior aumento homólogo de rendas entre os municípios analisados, com um crescimento de 37,5%, atingindo 12,33€/m2. Na região do Alentejo Litoral, o aumento foi de 29,9% em comparação com o primeiro trimestre de 2024.
Além disso, sub-regiões como a Área Metropolitana do Porto (9,5%), a Península de Setúbal (7,8%) e a Grande Lisboa (7,2%) também registaram aumentos significativos face ao trimestre anterior.
Entre abril e junho, o número de novos contratos de arrendamento foi superior ao registado no mesmo período do ano anterior, com 20.750 novos contratos assinados. O aumento homólogo do número de contratos foi superior à média nacional (6,9%) em 10 dos 24 municípios com mais de 100 mil habitantes, com destaque para o Funchal (40,0%) e Leiria (25,4%).No entanto, algumas cidades registaram um declínio no número de contratos. Em Oeiras e Guimarães, por exemplo, o número de novos arrendamentos caiu 1,9% e 1,7%, respetivamente.
