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Digitalização para melhorar os pagamentos transfronteiriços

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Liderado pelo Banco de Pagamentos Internacionais (BIS), o Projeto Agora é uma iniciativa ambiciosa que envolve mais de 40 dos maiores bancos e empresas de processamento de pagamentos do mundo, como JP Morgan Chase, Deutsche Bank, UBS, Visa e Mastercard.

O objetivo do projeto é desenvolver uma plataforma de negociação de ativos digitais que permitirá transações transfronteiriças utilizando moedas digitais apoiadas por bancos centrais. A cooperação com o Instituto de Finanças Internacionais (IIF) é fundamental para a inclusão do sector privado no projecto.

O IIF foi escolhido pelo BIS para liderar o projeto, o que permitiu uma seleção e envolvimento rápido e eficiente de participantes privados. O Projecto Agora é a maior e mais complexa das muitas iniciativas que o BIS está a explorar para melhorar o sistema financeiro global, uma vez que o projecto tem o potencial de lançar as bases para uma nova infra-estrutura financeira regulamentada que facilitará os pagamentos transfronteiriços. A tecnologia utilizada pelos bancos centrais e comerciais será melhorada, permitindo maior rapidez e eficiência.

Chega de taxas e atrasos

Um dos principais objectivos do projecto Agora é reduzir ineficiências como taxas elevadas, longos tempos de liquidação e pouca transparência que complicam as transacções internacionais. Por exemplo, os pagamentos transfronteiriços dos consumidores envolvem frequentemente taxas bancárias que podem chegar aos 11 por cento, reduzindo o valor de transacções mais pequenas.

Os pagamentos B2B (business-to-business) também são afetados, com taxas médias de 1,5% e o processamento pode levar várias semanas. Quase metade dos clientes empresariais do Citibank citam os custos elevados como um problema, enquanto 59% dizem que o problema é a lentidão.

O projeto Agora envolve o uso de tecnologias como tokenização e contratos inteligentes para melhorar os pagamentos transfronteiriços. A tokenização permite que não haja separação entre a mensagem e o movimento do dinheiro, o que significa que o dinheiro se move ou não. Isso deve eliminar uma das maiores frustrações dos usuários finais: o dinheiro no limbo. Além disso, o projeto utiliza contratos inteligentes que automatizam e simplificam processos, levando a maior eficiência e redução de custos. Além disso, o projeto inclui bancos centrais de sete países – França, Japão, Coreia do Sul, México, Suíça, Grã-Bretanha e Estados Unidos.

Harmonização de regras

O projeto Agora inclui não só melhorias técnicas, mas também a harmonização dos quadros jurídicos entre os diferentes países, pois inclui a harmonização das regras para a prevenção do branqueamento de capitais e do financiamento do terrorismo, o que é fundamental para o sucesso do projeto. Os bancos centrais terão de examinar as suas filosofias e chegar a acordo sobre normas técnicas, tais como mecanismos de consenso e finalidade de liquidação.

O projeto Agora ainda está em fase experimental, mas o BIS espera criar um protótipo que testará diferentes casos de uso financeiro. As lições aprendidas durante o projecto poderão lançar as bases para uma nova infra-estrutura financeira adaptada aos pagamentos transfronteiriços com base em novas tecnologias.

A harmonização dos quadros jurídicos entre os diferentes países representa um dos maiores desafios, uma vez que cada país tem os seus próprios requisitos legislativos relativamente à prevenção do branqueamento de capitais e do financiamento do terrorismo, o que dificulta a harmonização de regras e regulamentos. O projeto Agora esforça-se por harmonizar estas regras, o que permitirá uma implementação mais fácil e segura dos pagamentos transfronteiriços. Os bancos centrais terão de chegar a acordo sobre normas técnicas, tais como mecanismos de consenso e finalidade de liquidação, que são fundamentais para o sucesso do projecto.

Novos padrões técnicos

As normas técnicas também são essenciais para o sucesso da implementação do projecto, uma vez que será necessário haver mecanismos de consenso, tais como prova de trabalho (comprovante de trabalho) e prova de aposta (prova de aposta) cuidadosamente selecionada e implementada para garantir a segurança e confiabilidade das transações. A finalidade da liquidação é outro aspecto importante, pois determina quando uma transação é final e não pode ser revertida. Isto é particularmente importante para pagamentos transfronteiriços, onde podem estar envolvidos diferentes sistemas jurídicos.

O papel dos bancos centrais no projecto Agora é crucial, uma vez que terão de adaptar as suas filosofias e práticas. Alguns bancos centrais, como o BCE, já estão habituados a gerir componentes importantes da infra-estrutura financeira sob a sua jurisdição. Outros, como a Suíça, estão habituados a que este trabalho seja realizado por terceiros. O projecto exigirá que os bancos centrais revejam as suas práticas actuais e se adaptem aos novos requisitos.

Além dos desafios tecnológicos e jurídicos, o projeto Agora exigirá também a cooperação entre várias partes interessadas, incluindo os decisores políticos. Para muitas jurisdições, a decisão de mudar para uma nova infraestrutura financeira baseada nas moedas digitais do banco central será uma decisão política. Isto pode levar a atrasos e complicações, uma vez que os decisores políticos terão de pesar os riscos e benefícios de tal mudança.

Apesar dos muitos desafios, o projeto Agora representa um importante passo em frente na melhoria dos pagamentos transfronteiriços. Com uma implementação adequada e cooperação entre todas as partes envolvidas, tem o potencial de lançar as bases para uma nova infra-estrutura financeira baseada em tecnologia avançada e quadros jurídicos harmonizados.

O artigo foi criado com ajuda de inteligência artificial.

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