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Música nova para o fim de semana: a surpresa de Lady Gaga, a solidão dos Cure e a estreia a solo de Damiano David dos Måneskin

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“Harlequin”, ou álbum que Senhora Gaga anunciou esta semana, é um dos destaques da última sexta-feira de setembro.

Referência à personagem Harley Quinn, a que Lady Gaga dá corpo no filme “Joker: Loucura a Dois”, “Harlequin” chega uma semana antes da estreia do filme nas salas portuguesas, prevista para 3 de outubro.

O disco inclui canções da banda-sonora do filme, assim como duas canções inéditas compostas para o projeto, e é o primeiro álbum de Lady Gaga desde “Chromatica”, de 2020.

Acompanhando a notícia da edição de um “álbum sombra” de “How To Dismantle an Atomic Bomb”, os U2 partilharam duas canções gravadas nas sessões desse disco, que permaneceram inéditas até agora. Chamam-se ‘Country Mile’ e ‘Picture Of You (X + W)’ e estarão presentes no alinhamento de “How To Re-Assemble An Atomic Bomb”, disco com o qual os irlandeses pretendem assinalar o 20º aniversário de “How To Dismantle an Atomic Bomb”.

Em “How To Re-Assemble an Atomic Bomb”, os U2 incluirão outras canções inéditas, gravadas na mesma altura. A banda planeia ainda reeditar “How To Dismantle an Atomic Bomb”, numa versão remasterizada e com um tema extra: ‘Fast Cars’.

A 22 de novembro, será possível encontrar a edição digital e conjunta de “How To Dismantle An Atomic Bomb” e “How To Re-Assemble An Atomic Bomb”, à qual se chamará “Re-Assemble Edition”.

Também hoje chega “White Roses, My God”, álbum a solo de Alan Sparhawk. Timoneiro dos Baixobanda que chegou ao fim depois da morte de Mimi Parker, companheira de banda e esposa de Sparhawk, o músico volta assim à música, depois de perder a sua companheiro, que de resto inspira o título do disco. “A Mimi adorava rosas, e eu acho que ela era Deus”, explicou.

‘Heaven’ é o single mais recente do álbum lançado pela Sub Pop.

Quem também acaba de se aventurar a solo é Damião Davido vocalista da banda italiana Luarque este ano fizeram furor no Super Bock Super Rock. ‘Silverlines’ é o título da sua primeira canção fora da banda, devendo seguir-se um álbum a solo.

Com produção do inglês Labrinth, a ‘aventura’ fora da banda prende-se, segundo Damiano David, com a vontade de mostrar o seu outro lado, que se encontrava ocultado no seio do grupo.

Este verão, a baixista dos luar, Victoria de Angelis, assinou contrato com a Sony Music e fez uma parceria com a cantora brasileira Anitta, preparando-se também para dar concertos a solo.

Moonshine no Super Bock Super Rock, Meco

Rita Carmo

“Things We Have In Common” é o título do novo álbum dos dinamarqueses Reverberaçãoo oitavo da banda indie. Neste disco há participações especiais do americano Beirut e também de Rune Mølgaard, um dos fundadores do grupo, de regresso após 20 anos. A cantora guatemalteca Mabe Fratti é outra das convidadas, dando voz a ‘Plant’, cujo vídeo foi parcialmente filmado em Portugal.

Desaparecida em 2021, SOFIAprodutora britânica aplaudida pela inovação que incutiu à música eletrónica, tem um disco póstumo nas lojas. Ben Long, o seu irmão, decidiu editar um disco que a artista tinha deixado praticamente pronto, antes de morrer.

No Instagram, Long, que trabalhava com a irmã como seu engenheiro de som, escreveu: “Temos encontrado conforto na música que a Sophie nos deixou. Damos muito valor a esta dádiva, enquanto tentamos seguir em frente, com a Sophie sempre no centro do nosso mundo.”

“A Sophie não tinha por hábito falar em público da sua vida privada, preferindo expressar-se através da música. Parece-nos que faz sentido partilhar com o mundo a música que ela queria lançar, na esperança de que, desta forma que ela privilegiava, possamos ligar-nos a ela. A Sophie dava-se por inteiro à sua música. É aqui que pode ser sempre encontrada.”

Nina Kraviz e Kim Petras são algumas das convidadas de “Sophie”.

A semana ficou marcada, entretanto, pela aguardada chegada de ‘Alone’, a primeira canção dos ingleses A cura em 16 anos. Inspirado pelas perdas recentes na vida de Robert Smith, o tema é a primeira amostra do álbum prometido para 1 de novembro, “Songs of a Lost World”, que Smith já comparou ao mais negro disco da sua banda, “Pornography”, de 1982.

Esta semana chega também ‘Soltera’, a nova canção de Shakiradescrita como “um contagiante hino feminino afrobeat”.

Anitta e Winnie Harlow são algumas das estrelas que abrilhantam o vídeo da canção, filmado em Miami.

Em novembro, Shakira volta à estrada com a digressão pelos Estados Unidos, “Las Mujeres Ya No Lloran World Tour”, que promove o disco do mesmo título, lançado no início deste ano.

Chama-se “Tudo e o seu Contrário” e é o novo EP dos Linda Martinique antecipa o próximo álbum da banda, previsto para janeiro de 2025.

Disponível nas plataformas de streaming, o disco será também lançado em vinil, numa edição limitada de 50 unidades, numerado e assinado pela banda. O vinil estará disponível em outubro.

No lado A do sete polegadas está a canção ‘Faz-se de Luz’ e no lado B ‘A Cantiga É’.

Sobre as canções, escrevem os Linda Martini: “’Faz-se de Luz’ é sobre quem se faz passar por luz e salvação quando na verdade é mentira e escuridão. Notem que não é um erro tipográfico quando na letra se lê “Facho de Luz” em vez do referido título, foneticamente muito semelhante. Convém esclarecer, que “Facho” é uma haste com uma substância inflamável numa das extremidades, utilizada para iluminar. Existe ainda outro tipo de facho, bastante mais popular nos dias que correm e é sobre este último que a canção se debruça. É igualmente inflamável, mas péssimo a iluminar.”

“E já que lançamos uma canção de ‘interjeição’ (por respeito e pudor não queremos que a confundam com as do tempo da censura, em que os autores corriam o sério risco de se aleijar), no lado B contrapomos com ‘A Cantiga É’. Serenamos assim os ânimos (ou talvez não) com uma música forrada a espelhos onde nos perguntamos se as canções têm o poder de mudar o que quer que seja.”

Em Portugal, Inês Apenas antecipa o lançamento do seu álbum de estreia com o single ‘Impulso’. Escrita e produzida pela artista, em colaboração com Left, a canção aborda, segundo a autora, “a dificuldade que temos em resistir a certos impulsos ou estímulos, provocados pelos nossos sentidos”.

O álbum, “Éter”, sai a 11 de outubro, com temas como ‘Se Ao Menos’, um dueto com Irma.

Também em Portugal, João Coração lança hoje o primeiro álbum em 15 anos. Editado pela Cuca Monga, “Soberana” é apresentado como “uma reflexão sobre amor” e já deu origem a vários singles, como ‘Miúda’, ‘Amor e Verão’ e ‘Heroína’.

Em comunicado, pode ler-se que “todas as canções são sobre uma só mulher, a mulher soberana. Reflexões em primeira pessoa sobre até onde é possível acreditar e esperar pelo grande amor. No disco há tempo para acreditar, duvidar, desesperar e tornar a acreditar.”

“Exploro estas ricas contradições e exponho as incertezas das relações modernas, onde o imediato e a efemeridade coexistem com o desejo profundo de conexão e estabilidade. Enquanto navegamos por um mar infinito de distrações, ‘Soberana’ tenta expor algumas subtilezas que não ouvimos na correria do dia a dia entre Marvila e a Caparica”, escreve João Coração.

“Soberana” inclui duetos com Márcia e Marta Falcão; na banda que acompanha João Coração tocam Tony Love, Salvador Seabra, Domingos Coimbra, Jónatas Pires e Velhote do Carmo.

O concerto de apresentação de “Soberana” acontece a 8 de novembro, no Musicbox, em Lisboa.

Em antecipação de um novo álbum, que se chamará “Visita”, Lucas Argel continua a lançar músicas novas. Depois de ‘Lampedusa’ e ‘Anos Doze’, chega agora ‘Acanalhado’. Tema inicialmente incluída no disco “Bandeira”, de 2017, surge agora numa nova versão, em que o músico luso-brasileiro é acompanhado pela pianista baiana Pri Azevedo.

“Visita” sai a 18 de outubro e traz novas versões de canções gravadas em discos anteriores, além de parcerias inéditas.

Luca Argel apresentará este disco no Salão Ático, no Coliseu do Porto, a 3 de novembro, e no Ciclo Liberdade, no Auditório Novo Cultura UNL, no pólo de Campolide da Universidade Nova de Lisboa, na capital.

Despedimo-nos com ‘Frente Leste’, a nova canção de Mazganique continua a antecipar o seu próximo álbum, “Cidade do Cinema”. Sobre este tema, diz o músico luso-iraniano: “Talvez seja uma canção sobre uma vocação, um chamamento ou uma tarefa solitária, difícil de cumprir.”

Com lançamento previsto para 11 de outubro, “Cidade do Cinema” será apresentado no Teatro Maria Matos, em Lisboa, a 22 de outubro, e na Casa da Música, no Porto, a 24.

O vídeo de ‘Frente Leste’, com Mário Barreiros na bateria, Pedro Vidal na guitarra e Leonardo Pinto nos teclados, foi realizado por André Tentugal.

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