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Partido do PS permite aprovação do Orçamento do Estado para 2025

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No dia 19 de outubro, Pedro Nuno Santos, líder do PSa atual principal oposição ao Governo, vai pedir à comissão política do partido a abstenção na votação, destacando que se trata de um “compromisso com os portugueses”.

Em conferência de imprensa transmitida pela televisão, Pedro Nuno Santos disse que a abstenção se aplica não só “à primeira leitura”, mas também “à votação final global”. O líder do PS afirmou ainda que alguns temas ainda serão negociados, embora “com total liberdade”, sem comprometer as contas públicas.

Durante o seu discurso de 10 minutos, Pedro Nuno Santos referiu que era impossível chegar a acordo com o Governo, pois o executivo não encontrou entendimento com nenhum partido. Por isso, o líder socialista considera que o Governo está “isolado, e sozinho”, e “absolutamente dependente do grande partido da oposição”.

Embora se comprometesse com os portugueses, Pedro Nuno Santos quis evitar eleições antecipadas, já que as últimas aconteceram “há apenas sete meses”. Lembrou que se a proposta de Orçamento do Estado for rejeitada, os portugueses precisarão de voltar às urnas “para as terceiras eleições legislativas em menos de três anos, sem perspetiva de maioria estável”.

Normalmente, o principal partido da oposição vota contra o Orçamento do Estado, mas Pedro Nuno Santos destaca que desta vez promoveria o “risco de angústia política conjunta” ao mesmo tempo que permitiria o “crescimento da direita populista e radical”.

Continuando a referir os partidos de extrema-direita, Pedro Nuno Santos lembrou a audiência da eleição do Presidente da Assembleia da República, afirmando que os partidos de direita “não são capazes de construir uma solução de Governo maioritária”.

Dito isto, Pedro Nuno Santos disse que o PS tinha de “salvar o Parlamento de uma vergonha institucional”, pois a situação que a política portuguesa vive agora é semelhante à de março, segundo o líder do PS.

“Vitória para o país”

Pedro Nuno Santos relatou que decorreram algumas negociações com o Governo, referindo que algumas medidas foram aprovadas, embora não da forma que o PS queria. Ainda assim, os socialistas reconhecem que o executivo teve em conta as propostas do PS, apesar das alterações introduzidas.

O líder do PS destaca as decisões do Governo no que diz respeito ao IRS Jovem e ao Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (IRC). Embora não tenha sido formulado como o PS queria, o que já foi alcançado é “uma vitória para o país” e não para o Partido Socialista. No entanto, Pedro Nuno Santos revelou que o Governo não aceitou as propostas do seu partido para “habitação, saúde e pensões de reforma”.

A perspectiva do governo

Luís Montenegro, primeiro-ministro português, sublinha o “sentido de responsabilidade” do PS, com a perspetiva de voto pela abstenção. O primeiro-ministro recordou os esforços feitos pelo Governo para concretizar os pedidos do PS, ao mesmo tempo que sublinhou a “humildade” de um partido que não obteve a maioria absoluta dos votos.

A discussão do Orçamento do Estado para 2025 está prevista para acontecer nos dias 30 e 31 de outubro, enquanto a votação final acontecerá no dia 28 de novembro.


Profundamente apaixonado pela música e com um prazer culposo em processos criminais, Bruno G. Santos decidiu estudar Jornalismo e Comunicação, esperando unir ambas as paixões na escrita. O jornalista é também um viajante apaixonado que gosta de escrever sobre outras culturas e de descobrir as várias jóias escondidas de Portugal e do mundo. Cartão de imprensa: 8463.

Bruno G. Santos

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