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Katja Herbers sobre o final do mal: bebês demônios, risadas sombrias e encontrar luz na escuridão

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À medida que a poeira baixa no final da quarta temporada de Evil, os fãs ficam atordoados com as reviravoltas e, claro, com as pontas soltas tentadoras.

Quem melhor para nos ajudar a processar tudo isso do que Katja Herbers, a incrível atriz que deu vida a Kristen Bouchard por quatro temporadas emocionantes?

Nós conversamos com Katja sobre o final, a evolução de sua personagem e o que pode estar escondido nas sombras de uma possível quinta temporada.

(Elizabeth Fisher/Paramount+)

Um personagem como nenhum outro

A partir do momento Estreou o Malnão conseguimos tirar os olhos de Kristen Bouchard. Ela é uma psicóloga, uma mãe, uma caçadora de demônios relutante e, não vamos esquecer, uma assassina. Mas como Katja vê Kristen?

“Ela é tanto, e ela já foi tantas versões de si mesma”, Katja refletiu. “Ela não era uma assassina antes de começar o show, e então, de alguma forma, essa nem é sua qualidade definidora. A escrita para essa personagem foi realmente qualquer coisa que um ator pode sonhar.”

De fato, Kristen evoluiu de maneiras que poucos personagens de TV conseguem, navegando em um mundo impossível onde demônios literais são tão reais quanto os figurativos. Mas o que mais se destaca em Kristen?

De acordo com Katja, é sua resiliência. “Ela é capaz de encontrar leveza ou continuar encontrando leveza ou continuar se recuperando, mesmo que o inferno literal se solte ao seu redor na maior parte do tempo.”

(Elizabeth Fisher/Paramount+)

A diversão (e a dor) de interpretar um demônio

Um dos aspectos únicos do papel de Katja é que ela não interpreta apenas Kristen, mas também sua contraparte demônio, que existe na mente torturada de David Acosta (Mike Colter).

Esse papel duplo oferece um vislumbre de um lado diferente de Kristen, um lado sem filtros e desinibido.

“É adorável”, disse Katja sobre interpretar Demon Kristen. “É tão livre. Está na mente de David, então nem é… Eu posso fazer qualquer coisa porque está na mente dele.

“Ela não tem filtro, e não se preocupa com as mesmas coisas que Kristen se preocupa. Tudo o que ela quer é ser amada e ter alguma ação de David.”

Apesar de ser um demônio, Katja encontrou uma maneira de tornar esta versão de Kristen cativante — ou pelo menos tão cativante quanto um demônio pode ser.

“Nós nos divertimos com aquela cena”, ela disse, referindo-se aos momentos finais de Demon Kristen com David. “Espero que as pessoas se importem estranhamente com Demon Kristen, embora ela seja apenas um demônio. Esse é meu objetivo.”

(Elizabeth Fisher/Paramount+)

O Final: Risos e Lágrimas

O final da 4ª temporada de Evil foi uma montanha-russa, misturando humor com horror do jeito que só o Mal consegue. Para Katja, foi um final adequado — se é o fim da série ou apenas este capítulo, ainda não se sabe.

“Fiquei meio impressionada com o quão engraçado, bom e comovente… todas as coisas que pensei que o final fosse”, Katja compartilhou.

Ela elogiou os criadores do programa, Robert e Michelle Kingpor sua habilidade de amarrar pontas soltas enquanto ainda deixavam a porta aberta para histórias futuras. “Eles foram capazes de dar uma sensação de encerramento, caso fosse o caso, enquanto também uma abertura para potencialmente mais episódios.”

O final também teve sua cota de momentos de muitas risadas, incluindo uma reunião particularmente memorável no Zoom entre demônios, onde uma pobre alma lutou com um microfone sem som.

“Eu ri muito de algumas das piadas que eles fizeram”, disse Katja, provando que mesmo nos momentos mais sombrios, o Mal nunca perde o senso de humor.

(Elizabeth Fisher/Paramount+)

O futuro incerto de Kristen

Um dos momentos mais assustadores do final é a revelação de que o bebê de Kristen, Timothy, não é apenas um bebê normal, afinal. A cena é um exemplo perfeito da habilidade do Mal de misturar verdades duras com um exame de fé, deixando os espectadores com mais perguntas do que respostas.

A reação de Katja a essa revelação foi ao mesmo tempo divertida e um pouco perturbada.

“Achei que seria divertido interpretar assim, onde ela vê, verifica se viu, vê de novo e então realmente escolhe ficar entre divertida e perplexa”, explicou ela.

“Natureza/criação é um grande tema do nosso show, e eu acho que ela acha que até mesmo um bebê demônio ela pode amar o suficiente para que ele não seja mais um demônio.”

É um momento que ecoa as dificuldades de Kristen na primeira temporada, quando ela lidou com a ideia de que poderia estar possuída.

Para Katja, esses retornos são parte do que torna o show tão especial. “Gostei de dar a chupeta para o bebê. Foi algo que inventamos no dia. E espero que isso empolgue as pessoas.”

(Elizabeth Fisher/Paramount+)

O que vem a seguir para Kristen e David (e Kristen e Andy)?

O final nos deixou com uma perspectiva tentadora: Kristen e David trabalhando juntos em Roma. A tensão entre esses dois vem fervendo desde o começo, e não parece que vai esfriar tão cedo.

Katja não consegue esquecer o que David disse sobre seu compromisso com Deus e como ele não irá quebre essa promessa mesmo que isso o quebre.

“Eu acho que eles continuarão a se amar, provavelmente de uma forma não física até que talvez em algum momento isso se torne físico”, especulou Katja. “Tenho certeza de que há muito mais a explorar aí. Eles meio que não conseguem viver um sem o outro, ao que parece.”

Mas e quanto ao marido afastado de Kristen, Andy? A temporada final não nos deu muito encerramento nessa frente, algo que Katja reconhece.

“Acho que isso teria acontecido se tivéssemos mais episódios”, ela disse, observando que a decisão de Kristen de fechar a porta para Andy pode não ser tão definitiva quanto parecia.

(Elizabeth Fisher/Paramount+)

Andy era um bom provedor, mas um marido e pai ausente, o que pesou sobre Kristen ao longo da série. Mas ela não tinha ideia da extensão da lavagem cerebral que ele havia sofrido, o que complica ainda mais o fim deles.

Kristen ficou chocada ao saber que Andy a traiu e que poderia encontrar mais coisas em comum com um colega paciente psiquiátrico do que sua própria família, mas ele não é o único com segredos.

“Kristen também cometeu adultério, mas foi depois que ela matou alguém, e foi aquela vez no carro, e eu acho que ela estava perdendo a cabeça e precisava sentir seu corpo”, admitiu Katja.

“Eu gosto da linha dura dela… o jeito como ela faz as coisas. Mas eu também acho que ela gostaria que as crianças tivessem um pai… Eu acho que Kristen tomou uma decisão naquele momento e, sim, fechou a porta até que ela se abrisse novamente.”

(Alyssa Longchamp/Paramount+)

A Luz na Escuridão

Quando nossa conversa com Katja chegou ao fim, não pudemos deixar de perguntar o que ela espera que os fãs tirem do final — e de Evil como um todo.

“Se eu pensar apenas na minha personagem, ela seria qualquer coisa que a vida jogue em você; se Kristen conseguiu se reerguer, você também consegue”, disse Katja, oferecendo uma mensagem de resiliência que ressoa muito além da tela.

“É importante que, em meio aos horrores do nosso mundo… também seja importante encontrar leveza e… a diversão com o horror que nosso show, eu acho, realmente traz.”

E com isso, Katja nos deixou com um vislumbre de esperança, assim como o próprio Mal — uma série que, mesmo em seus momentos mais sombrios, nunca perde de vista a luz.

As palavras finais de Katja ressoam em todos nós. “Mesmo que o mundo esteja louco, você pode ter amigos maravilhosos, e você ainda pode rir mesmo que tudo vá para o inferno.”

Ainda não se sabe se veremos Kristen Bouchard e seus companheiros caçadores de demônios novamente, mas uma coisa é certa: a história deles está longe de terminar.

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