Mais de 70 pessoas foram mortas e muitas ficaram feridas num ataque de jihadistas a um campo de treino da polícia militar e a um aeroporto militar na capital do Mali. O grupo jihadista Jamaat Nusrat al Islam wal Muslimin (JNIM), ligado à rede terrorista Al Qaeda, assumiu a responsabilidade pelo ataque, informou a agência de notícias francesa AFP.
O ataque, ocorrido na terça-feira, matou 77 pessoas e feriu 255, disse uma fonte de segurança não identificada à AFP. As autoridades malianas ainda não confirmaram o número exacto de mortos num dos poucos ataques deste tipo na capital nos últimos anos. Em outras partes do país, esses ataques acontecem quase todos os dias.
O grupo jihadista JNIM, que assumiu a responsabilidade pelo ataque, afirma que este foi levado a cabo por algumas dezenas dos seus combatentes, que conseguiram ferir “várias centenas de inimigos”, incluindo membros do grupo mercenário russo Wagner.
O ataque foi um duro golpe para a junta militar governante do Mali
Segundo especialistas, o ataque foi um duro golpe para a junta militar no poder no Mali, segundo a AFP. Aconteceu um dia depois do primeiro aniversário da assinatura do pacto de defesa entre as juntas do Mali, do Níger e do Burkina Faso, com o qual os três países procuraram estabelecer uma estrutura de defesa colectiva e assistência mútua.
Os três países anunciaram então a sua retirada da Associação dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) em Janeiro, alegando que a CEDEAO se tinha tornado uma ameaça para os seus membros. Em Julho deste ano, o Mali, o Níger e o Burkina Faso estabeleceram oficialmente a Confederação dos Estados do Sahel (AES).
