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Rússia prende jornalista russo-americana Alsu Kurmasheva por mais de 6 anos

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Rússia prende jornalista russo-americana Alsu Kurmasheva por mais de 6 anos

Alsu Kurmasheva foi presa no ano passado enquanto viajava para a Rússia para uma emergência familiar. (Arquivo)

Um tribunal russo condenou a jornalista russo-americana Alsu Alsu Kurmasheva a mais de seis anos de prisão por violar leis de censura militar, disse um porta-voz do tribunal na segunda-feira, uma decisão que seu empregador classificou como uma “zombaria da justiça”.

Alsu Kurmasheva, 47, foi condenada na sexta-feira — o mesmo dia em que um tribunal russo condenou o jornalista americano Evan Gershkovich a 16 anos por acusações de espionagem, também rejeitadas por serem infundadas — mas os detalhes não foram tornados públicos até segunda-feira.

“Na sexta-feira, Alsu Kurmasheva foi sentenciada. Seis anos e seis meses”, disse Natalya Loseva, porta-voz da Suprema Corte do Tartaristão, à AFP.

O site do tribunal afirma apenas que ela foi considerada culpada em uma audiência na sexta-feira, sem detalhes sobre a sentença.

Alsu Kurmasheva, editora da emissora Radio Free Europe/Radio Liberty (RFE/RL), financiada pelos EUA, em Praga, foi presa no ano passado enquanto viajava para a Rússia para uma emergência familiar.

Ela teve seus passaportes confiscados por não declarar sua dupla cidadania, foi presa por não se registrar como “agente estrangeira” e, enquanto estava em prisão preventiva, foi acusada de uma acusação mais séria, a de “informações falsas”.

A sentença foi criticada pela RFE/RL.

“Este julgamento e condenação secretos zombam da justiça”, disse o presidente e CEO da RFE/RL, Stephen Capus, à AFP em uma declaração por e-mail.

“O único resultado justo é que Alsu Kurmasheva seja imediatamente libertada da prisão por seus captores russos. Já passou da hora dessa cidadã americana, nossa querida colega, se reunir com sua amorosa família.”

A Rússia geralmente realiza julgamentos a portas fechadas, mas emitir um veredito e sentenciar dessa maneira é extremamente heterodoxo.

Gershkovich também foi condenado em um julgamento rápido depois de passar mais de um ano na prisão.

A velocidade do processo aumentou as esperanças entre os aliados de que Washington e Moscou poderiam estar perto de chegar a um acordo sobre uma troca de prisioneiros, já que o Kremlin havia dito anteriormente que só entraria em tal acordo após uma condenação.

Washington e Moscou disseram que as negociações para Gershkovich, um repórter do Wall Street Journal, estão em andamento, embora o destino de Alsu Kurmasheva, como cidadã duplamente americana e russa, tenha sido menos claro.

Seu empregador e sua família têm pressionado por sua libertação.

Alsu Kurmasheva editou um livro em 2022 intitulado “Dizendo Não à Guerra”, que é uma coleção de entrevistas e histórias de russos que se opõem à campanha militar contra a Ucrânia ordenada pelo presidente Vladimir Putin.

(Com exceção do título, esta história não foi editada pela equipe da NDTV e é publicada a partir de um feed distribuído.)

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