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Tensão no Médio Oriente dispara, Israel ocupa e fecha redação da Al Jazaeera na Palestina

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A redação da Al Jazaeera, em Ramallah, na Palestina, foi invadida por soldados israelitas pelas três da madrugada, que entregaram ao chefe de redação uma notificação de que deveria ser encerrada, segundo conta a própria estação televisiva.

Os jornalistas foram expulsos daquele espaço e impedidos de entrar. O momento foi filmado e está a ser transmitido pela cadeia sediada no Qatar.

A Al Jazaeera, acusada por Israel de apoiar o terrorismo, sublinha que esta ordem está assinada pela autoridade militar israelita, apesar de a redação estar numa área sob controlo palestiniano. A ordem de encerramento tem um prazo de 45 dias.

Em maio, a redação da estação em Israel foi encerrada por 45 dias, ordem que tem sido renovada desde então – mas a Al Jazaerra defende que, ao contrário deste caso, as forças israelitas não têm poder em Ramallah.

O ministro das comunicações israelita defende que a estação é a voz do Hamas e do Hezbollah, segundo conta a Reuters.

Mas houve também novidades nos ataques que Israel leva a cabo n Palestina. Em Gaza, a defesa civil palestiana diz que houve pelo menos sete mortos causados por um bombardeamento israelita a uma escola (Kafr Qasem) que estava a ser usada como abrigo para refugiados. Israel voltou a defender que visava atingir lutadores do Hamas.

Disparo de tensão com Líbano

Esta determinação contra a Al Jazaeera teve lugar depois de uma semana de intensificação da tensão, que se voltou a concretizar na madrugada deste domingo, entre Israel e o Líbano, de onde tem atuado o Hezbollah.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, emitiu uma nota, citada pelo The Guardian, em que diz ter infligido, ao longo desta semana, uma “série de golpes” que o Hezbollah “não poderia ter imaginado”. “Se o Hezbollah não percebeu a mensagem, prometo-vos que vai acabar por entendê-la”. Foi nesta semana que se deram as explosões dos equipamentos de comunicações (pagers e walkie-talkies) e que causaram 37 mortos e 3200 feridos.

O norte de Israel e o sul do Líbano são os territórios agora mais visados por ataques em ambos os sentidos – o Hezbollah adianta ter enviado mísseis e atacado complexos industriais, segundo o Guardian, Israel diz ter lançado ataques aéreos contra lançadores do Hezbollah, que classifica como grupo terrorista e acusa de se esconder no sul do Líbano.

Entretanto, a coordenadora das Nações Unidas para o Líbano, Jeanine Hennis-Plasschaert, defendeu que a região está “à beira de uma catástrofe iminente”, e quis deixar clara a sua posição na rede social X: “Não há solução militar que vá tornar mais segurado qualquer das partes do conflito”.

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