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Médio Oriente: ataque em Beirute faz mais seis vítimas em zona residencial (quase 600 morreram em dois dias)

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O exército israelita reivindicou hoje mais um ataque em Beirute, no Líbano, onde está a intensificar os bombardeamentos contra o movimento islamita Hezbollah, sem dar, por enquanto, mais pormenores. Este ataque, que atingiu uma zona residencial dos subúrbios de Beirute, matou pelo menos seis pessoas e feriu outras 15, segundo o Ministério da Saúde do Líbano citado pelo jornal “The Guardian”.

“O exército israelita efetuou um ataque dirigido a Beirute. Os pormenores seguir-se-ão”, declarou em comunicado, depois de ter anunciado anteriormente que tinha realizado bombardeamentos contra as infraestruturas do Hezbollah, o quinto desde outubro de 2023 em Beirute.

Segundo fonte da segurança libanesa, um aos ataques atingiu um edifício residencial no bairro de Ghobeiri, município de Dahye, a sul de Beirute, para onde foram enviadas equipas da Defesa Civil.

O Exército israelita afirmou ter realizado um “ataque seletivo” à cidade, mas não avançou pormenores.

Segundo a agência de notícias libanesa NNA, o atentado foi dirigido a um edifício de seis andares na área de Ghobeiry.

Israel já atacou segunda-feira os subúrbios ao sul de Beirute, reduto do Hezbollah, para tentar acabar com a vida do comandante Ali Karaki, que, segundo o grupo libanês, saiu ileso e foi posteriormente transferido para uma área segura.

O ataque israelita de hoje é o quinto bombardeamento contra a capital libanesa desde outubro, quando o grupo xiita, aliado do Irão, começou a lançar ataques contra o norte de Israel em solidariedade com as milícias palestinianas na Faixa de Gaza.

Em janeiro, as forças israelitas mataram o então ‘número dois’ no gabinete político do Hamas, Saleh al Arouri e, em julho, o chefe militar do Hezbollah, Fouad Chukr.

Na passada sexta-feira, o exército israelita abateu Ibrahim Akil, comandante da Força al-Radwan do Hezbollah, além de vários membros seniores do grupo e, segunda-feira, tentaram acabar com Karaki, embora sem sucesso.

O intenso fogo cruzado atingiu níveis sem precedentes nos últimos dias, depois de Israel ter iniciado uma campanha de bombardeamentos contra o sul e o leste do país.

Israel acusa o grupo xiita (tal como faz com o Hamas na Faixa de Gaza) de usar casas de civis para armazenar armas, e defende que a sua ofensiva nos últimos dias procura “degradar” as capacidades do Hezbollah para atacar Israel.

O Governo do Líbano elevou hoje de 491 para 558 mortos o balanço dos ataques israelitas na segunda-feira, o número mais elevado desde a última guerra entre o Hezbollah e Israel em 2006.

O balanço foi atualizado pelo ministro da Saúde interino, Firas Abiad, numa conferência de imprensa conjunta com o chefe do Sindicato dos Proprietários de Hospitais, Suleiman Haroun.

“A grande maioria, se não todos, eram pessoas desarmadas nas suas casas”, disse Abiad, citado pela agência francesa AFP.

Abiad disse que a lista de mortos inclui 50 crianças e 94 mulheres.

Este número “desmente todas as alegações israelitas de que os combatentes estão a ser visados”, afirmou.

Este é o maior número de mortos desde a última guerra entre o Hezbollah e Israel em 2006.

Abiad anunciou também que foram contabilizados 1835 feridos até agora.

“Há ainda um grande número de partes de corpos que as forças de segurança estão a trabalhar para identificar”, referiu, segundo a agência libanesa NNA.

Abiad acrescentou que as autoridades libanesas tinham “desenvolvido previamente planos para fazer face a catástrofes (…), o que permitiu aos hospitais desempenharem o seu papel face à agressão”.

O Hezbollah tem atacado o norte de Israel a partir do sul do Líbano para apoiar o grupo palestiniano Hamas, que enfrenta uma ofensiva israelita na Faixa de Gaza desde há quase um ano.

A ofensiva foi desencadeada por um ataque sem precedentes do Hamas em solo israelita em 7 de outubro, que matou cerca de 1200 pessoas, segundo Israel.

Os atacantes também fizeram cerca de duas centenas e meia de reféns que levaram para Gaza.

O Hamas, que governo Gaza desde 2007, contabilizou mais de 41.400 mortos desde o início da ofensiva israelita no enclave palestiniano.

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