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Israel prepara-se para a retaliação do Hezbollah à morte do seu líder

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As forças armadas israelitas impuseram, este sábado, a proibição de ajuntamentos de mais de mil pessoas em diversas zonas do país, nomeadamente em Tel Aviv, antecipando uma provável retaliação do Hezbollah à morte do seu líder. Festivais, grandes concertos e outros eventos de maior escala estão temporariamente suspensos. Estes novos limites vêm juntar-se a outros, anunciados há uma semana, para o norte do país, desde a cidade de Haifa à fronteira com o Líbano, que obrigaram ao encerramento das praias e a restrições nas atividades escolares e educativas e na realização de eventos.

Após a confirmação da morte de Hassan Nasralah, o Hezbollah garantiu que continuaria a guerra santa. A liderança do Hezbollah promete ao mais supremo, sagrado e querido mártir da nossa jornada, que continuará a sua luta para enfrentar o inimigo, em apoio a Gaza e à Palestina, e em defesa do Líbano e seu povo firme e honrado”, lê-se no comunicado.

Por precaução, também a Comissão Europeia e a Agência Europeia para a Segurança da Aviação (AESA) aconselharam este sábado as companhias aéreas a “não operarem” no espaço aéreo do Líbano e de Israel. “Decidimos emitir Boletins de Informação sobre Zonas de Conflito (CZIB), recomendando a não operação no espaço aéreo libanês e israelita a todos os níveis de voo”, afirmaram.

A recomendação está em vigor até 31 de outubro e pode ser revista, adaptada ou retirada na sequência de uma “análise de avaliação revista”. A organização “continuará a acompanhar de perto a situação para avaliar se é necessário aumentar ou diminuir o alerta de risco para os operadores da UE em consequência da evolução da ameaça”, acrescentou.

Entretanto, os bombardeamentos aéreos no Líbano continuam, principalmente nos subúrbios da zona sul de Beirute, onde foi morto Nasrallah. O New York Times diz que o som de drones ouve-se por toda a capital. Israel garante que os alvos são armazéns de armamento do Hezbollah e que a guerra não é com os libaneses. “Para o povo do Líbano, eu digo: a nossa guerra não é convosco. É tempo de mudar”, afirmou o ministro da Defesa israelita, Yoav Gallant, num comunicado. “[Nasrallah] foi o assassino de milhares de israelitas e de cidadãos estrangeiros. E era uma ameaça para a vida de outros tantos”, justificou.

O Conselho de Ministros do Líbano reúne-se de emergência esta tarde – às 17h30 em Lisboa – para debater a situação no país. Aquando dos bombardeamentos de sexta-feira, o primeiro-ministro libanês, Najib Mikati, estava em Nova Iorque, onde participou na Assembleia Geral da ONU. Regressou mais cedo, “na sequência da agressão israelita contra os subúrbios do sul da capital”.

De acordo com o Ministério da Saúde do Líbano, os ataques israelitas de sexta-feira provocaram a morte a, pelo menos, 11 pessoas e fizeram mais de 100 feridos. Não estão ainda contabilizadas as baixas dos ataques deste sábado.

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