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Debaixo da figueira, olhando para as estrelas da figueira

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“Nada na natureza floresce o ano todo, seja paciente consigo mesmo”. Uma ótima citação. E é verdade! Tudo tem sua estação. Veja a humilde figueira, por exemplo. Nos meses de inverno, parece quase esquelético – reduzido apenas aos seus ramos cinzentos claros. Porém, quando chega o verão, ele decide cultivar as mais enormes folhas verdes, além de uma abundância de frutas saborosas que o tornam um porto seguro para qualquer criatura – grande e pequena – que anseie por um pouco de sombra e algo doce para lanchar. sobre.

Sim, as figueiras sabem o que estão fazendo. Eu seguiria o conselho deles. Afinal, eles já estão nisso há algum tempo. Esses guarda-chuvas das delícias do verão são cultivados há mais de 5.000 anos. Aqui no Algarve, há séculos que têm raízes profundas na cultura e nas tradições. Pergunte você mesmo! Alguns que você vê por aí têm mais de 200 anos.

Pegue seu selinho

Os madrugadores podem colher (ou bicar) algumas variedades de figos no final de maio a junho, mas estas são apenas uma pequena amostra do que está por vir. A principal colheita do figo ocorre no verão, de agosto a setembro. São uma delícia na época, mas os figos podem ser apreciados o ano todo. Na verdade, eles são meu lanche favorito para escrever!

Créditos: TPN; Autor: Jake Cleaver;

Mas como? Bem, nossa vizinha Dona Maria está ocupada colhendo a dela enquanto conversamos e achei que seria bom perguntar a ela como ela faz isso.

Figos para banhos de sol

Dona Maria estava ocupada colhendo figos e colocando-os para secar ao sol. Tradicionalmente, isso seria feito em esteiras feitas de cana Algarvia – a mesma planta parecida com o bambu da qual são feitos os cestos. Isso permite que sejam facilmente enrolados à noite, pois não devem ficar molhados ou úmidos.

Depois de secar ao sol, é hora da inspeção. Alguns não serão tão bonitos, e fiquei interessado em notar que o filho dela os leva para o mesmo lugar prensam azeite em Santa Catarina da Fonte do Bispo. Aqui, tal como acontece com as azeitonas, a sua colheita é pesada, mas, em vez de azeite, você recebe a aguardente de figos que lhe foi atribuída (aguardente de Figo) em troca.

Créditos: TPN; Autor: Jake Cleaver;

Veja como eles brilham para você

Eu estava no mercado de legumes em Almancil semana passada. Nota lateral: Este pequeno mercado pop-up é simplesmente adorável. Para os interessados, surge na estrada junto ao edifício da ASCA (perto do Jardim das Comunidades) todas as quintas-feiras entre as 7h30 e as 13h00.

Mas voltando à história. Aqui estava eu ​​no mercado e pensei que devia perguntar isso à Noélia. Afinal, ela é minha revendedora local dos meus lanches preferidos para escrever – estrelas de figo. Desde que tentei escrever isto, de repente fiquei muito mais curioso sobre o assunto e a Noélia gentilmente me contou alguns segredos sobre como ela transforma os seus figos nas lindas constelações que tanto gosto de mastigar quando estou tentando fazer meu cérebro funcionar.

Tal como Dona Maria, o sol do Algarve volta a ser o ingrediente chave. Mas a Noélia também me contou que dá polimento aos figos secos apenas com um pouco de água, azeite e sal – o que lhes dá um brilho lindo.

Créditos: TPN; Autor: Jake Cleaver;

Então, eles saem para o sol mais uma vez antes que ela os corte nas laterais para formar estrelas. Depois de ter dois, ela recheia esta ‘sanduíche estelar’ com outra colheita distintamente algarvia – amêndoas. Depois de adicionar também um toque de tempero, as estrelas se alinham e o passo final é torrá-las pelo tempo certo no forno.

Dona Maria também tosta os dela no forno de casa, mas me contou como ela fazia fornos (fornos a lenha) no jardim onde também fazia pão.

Segundo Dona Maria, antigamente era costume que depois do dia de São Miguel, no final de Setembro, qualquer pessoa pudesse servir-se dos figos que sobrassem nas árvores para evitar que fossem desperdiçados.

Traga-nos um pouco de pudim de figo

Então aí está. Foi isso que descobri. Se você ainda encontrar um figo em uma árvore, fique à vontade para colhê-lo!

Uma última palavra de advertência. Sempre me disseram para abrir primeiro, por ser um produto muito natural, nunca se sabe quem pode ter chegado primeiro. Lembro-me da piada de Natal: “O que é pior do que encontrar um verme no seu figo?” Resposta: “Encontrar meio verme!”

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